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domingo, 31 de outubro de 2010

DEMOCRACIA

Neste domingo, 31 de outubro de 2010, milhões de eleitores, de norte a sul do país, irão às urnas para decidir, em segundo turno, o próximo representante máximo da República Federativa do Brasil, o qual habitará o Palácio do Planalto e decidirá o rumo do país pelos próximos 04 anos. Após meses de campanha política em todos os meios de comunicação (jornal, rádio, televisão e Internet, e claro, os malfadados panfletos, cavaletes, santinhos e adesivos), chegamos ao final da luta entre dois candidatos com posturas diametralmente opostas, visões de mundo completamente díspares, prioridades totalmente diversas, partidos com concepções e ideais inteiramente distintos.

Termos alusivos às diferenças foram sistemática e exaustivamente propagados – PT x PSDB, Serra x Dilma, Lula x FHC, 45 x 13, vermelho x azul – e no dia de hoje finalmente saberemos o resultado deste duelo que, através de amplas discussões e debates acalorados, uniu os partidários e simpatizantes e realçou a disputa pelo poder, em um verdadeiro jogo de amor e ódio eleitoral. Por mais apolítica que uma pessoa se autodenomine, não há como passar imune ao bombardeio diário de acusações e intrigas que invadiram todos os espaços da mídia. Impossível não posicionar-se.

Há quem sustente que eleição é sinônimo de “festa da democracia”, o que é uma meia-verdade. Isso porque o voto é obrigatório a todos os cidadãos brasileiros com mais de 18 e menos de 70 anos de idade, facultativo aos que estão na faixa dos 16 aos 18, maiores de 70 e analfabetos. Ou seja: a “festa” é na realidade um compromisso imposto por lei, cujo não comparecimento (salvo a ausência devidamente justificada) gera penalidades e restrições. Como exemplo, temos a aplicação de multa, a proibição de participar de concursos públicos, de receber empréstimo em instituição bancária pública e de obter passaporte, RG e CPF, além de não poder participar de licitações.

Quanto à democracia (do grego demos=povo e kratos=poder), essa sim está plenamente caracterizada e presente no processo eleitoral. O Brasil constitui-se um Estado Democrático de Direito, tendo com um de seus princípios fundamentais a máxima de que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. O voto, que tem igual valor para todos, é direto, secreto, universal e periódico, constituindo uma das chamadas cláusulas pétreas (dispositivos imutáveis, inflexíveis, que não podem ser abolidos) da Constituição Federal.

Cabe a nós, cidadãos conscientes e eleitores soberanos, exercermos nosso direito político com sabedoria e prudência, depositando nas urnas nosso voto de confiança e esperança naquele candidato que melhor atende às nossas expectativas, que passe verdade e honestidade, não apenas em suas palavras, mas principalmente em suas ações; que transmita credibilidade em seus atos e convicções, em sua visão de mundo e na viabilidade dos projetos apresentados. Naquele que terá maior competência e habilidade para lidar com as questões mais graves e cruciais que assolam nosso país de ponta a ponta, objetivando o crescimento e desenvolvimento econômico, social e cultural da nação, e assim tornar o Brasil um país melhor, mais justo e igualitário, mais livre e solidário, como quis o constituinte de 1988, ao redigir o artigo terceiro da Constituição Federal.

Parafraseando Júlio César, “Alea jacta est" ("A SORTE ESTÁ LANÇADA”).

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