Neste 20 de setembro, data mais do que especial para os gaúchos de todas as querências, transcrevo um poema do bageense Luiz Coronel, o qual retrata uma parte da história de luta e bravura do povo rio-grandense: é o "Coração Farroupilha" que bate no peito de cada um de nós. Um ótimo dia a todos! :)
Coração Farroupilha
Ninguém doma a esperança
liberdade não se encilha.
Galopa livre em meu peito
um coração farroupilha.
Olha a tropa de lanceiros
pela noite adentro avança.
Sob a luz clara da lua
cada estrela é uma lança.
Pelos mares da campanha,
pelas ondas da coxilha,
juntas de bois puxam barcos
da Esquadra Farroupilha.
Pois o Bento não se prende,
não se prende a ventania,
nas fortalezas do Rio
nem nos fortes da Bahia.
Doze homens contra um
não é guerra, é uma guerrilha.
Galopa livre em meu peito
um coração farroupilha.
Vem na rubra cor dos lenços
brava aurora do porvir.
Na Primavera dos Povos
refulge Piratini.
No pendão verde-amarelo
o carmim também cintila.
Tremula no azul do pampa
a Bandeira Farroupilha.
Veio a Paz de Ponche Verde
em gesto nobre e altaneiro.
E o Rio Grande então se fez
farroupilha e brasileiro.
Quando o sonho abre clareiras
o gaúcho segue a trilha.
Galopa livre em meu peito
um coração farroupilha.
(imagem extraída da Internet).
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