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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Fé e Luz, Santa Maria

Hoje foi um dia difícil. Ontem, foi ainda mais. O mundo inteiro acompanhou a tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul. Amanhecemos tristes. Santa Maria, cidade conhecida por abrigar universitários de todas as querências, levou um golpe cruel e fulminante do destino: até o momento, 232 jovens que apenas queriam sorrir e se divertir foram brutalmente levados dessa vida. Nosso povo chora e o coração dilacerado sangra de dor, ao mesmo tempo em que correntes de oração e vibrações positivas são enviadas aos feridos e aos enlutados.

Apontar culpados em um momento de tamanho sofrimento e intensa pressão popular pode se mostrar bastante perigoso. Prejulgar sumariamente com base em fatos até o momento não devidamente apurados pela polícia e peritos (prova técnica) pode destruir reputações e também vidas, tal como as dos guris e gurias que foram arrebatados na madrugada de sábado. É difícil? Sim, muito. Dói? Bastante. Mas o tempo trará todas as respostas. Temos que confiar e seguir com fé.

Questões importantes a serem respondidas dizem respeito à segurança e regularidade da infraestrutura da casa noturna (especialmente quanto à existência de plano de prevenção e controle de incêndios, além da presença de extintores, iluminação e sinalização de segurança, bem como de saídas de emergência) e sobre o material utilizado no revestimento acústico do local, além da conduta daqueles que acenderam um artefato pirotécnico perigoso em ambiente fechado. Ainda, deve ser investigada a fundo eventual superlotação da casa e a ação dos seguranças, que tem como função primordial zelar pela incolumidade física e bem-estar dos frequentadores, os quais, na data do infortúnio, somavam cerca de mil jovens que, em uma bela noite de verão, deixaram seus lares para celebrar a vida com seus amigos, em sua grande maioria estudantes.

É tempo de rever conceitos. Catástrofes como esta que ocorreu na fatídica madrugada de 27 de janeiro nos deixam perplexos, assustados, nos tiram a paz e o sossego. Também nos fazem refletir sobre a efemeridade da vida, questionar a forma com que estamos conduzindo a nossa... mostram, ainda, o quanto ela é frágil e preciosa. Valores como o da solidariedade e o amor incondicional ao próximo demonstrados pelas pessoas que estão prestando auxílio aos necessitados (em todas as suas formas) nos faz perceber que, apesar dos pesares, o BEM ainda reina absoluto em nossa sociedade. 

O Rio Grande sofre com a perda desta gurizada cheia de vida, sonhos e planos. Elevemos nossos pensamentos a Deus em oração. Que o Senhor abençoe e console a cada um dos pais, mães, irmãos, namorados, familiares e amigos das vítimas, traga a cura para os sobreviventes que lutam bravamente por sua vida, e que espíritos de luz guiem as jovens almas que agora chegam em sua nova morada, com muita paz e serenidade junto ao Pai.
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Fabricio Carpinejar, poeta dos pampas:

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/01/fabricio-carpinejar-a-maior-tragedia-de-nossas-vidas-4024497.html

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