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terça-feira, 21 de junho de 2022

Desenvolvimento Biopsicossocial do Ser Humano

O ser humano, que é a soma dos atributos genético-hereditários com os fatores ambientais, tem sua personalidade singular moldada pela forma com que reage aos estímulos, acontecimentos e experiências que passa a vivenciar e experimentar desde o nascimento, e que provavelmente o acompanharão pelo resto da vida. A partir da mais tenra idade, os processos mentais e físicos interagem constantemente e se influenciam mutuamente. Fatores como comportamento, estilo de vida (alimentação, exercícios físicos, meditação) e relação do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com o mundo impactam diretamente em sua saúde.

Estudos demonstram que a conexão entre a mente e o corpo, quando não se encontra em harmonia, pode influenciar até mesmo no aparecimento de doenças. Hoje sabemos que ansiedade, depressão, úlcera, hipertensão, alergias, exaustão, dores de cabeça, indisposição e até queda na imunidade podem surgir sem qualquer base orgânica aparente: são os fatores psicológicos que deixam o corpo vulnerável.

O modelo biomédico tradicional, que analisa o paciente e a doença, tem sido substituído pelo modelo biopsicossocial, que busca tratar a pessoa em sua integralidade – nas dimensões física, mental, emocional e espiritual. Da mesma forma, a psicologia da saúde modernamente aplicada propõe uma abordagem holística que leva em conta o ser humano em suas perspectivas biológica, psíquica e social. Para além da interdisciplinaridade na análise e busca das causas da doença, a humanização da medicina com a participação ativa do paciente (por meio de uma comunicação bilateral, franca e aberta, visando a construção de vínculo e estabelecimento de rapport) é fundamental para a melhor escolha do tratamento, seu comprometimento em segui-lo, e consequente facilitação do processo de cura.

A Neurociência, cujo objeto de estudo primordial são os sinais elétricos, ligações sinápticas/ conexões neurais de um complexo sistema denominado cérebro – e todos os mistérios que até hoje o cercam, face às inúmeras, constantes e espetaculares descobertas da ciência –, nos mostra como as nossas vivências/ forma de pensar e sentir são capazes de alterar e interferir no desenvolvimento cognitivo (inteligência, memória, emoções). Isso nos aproxima de conceitos como autoconhecimento, empatia, acolhimento, solidariedade, além da auto-observação, pensamento positivo, busca da harmonia, da paz de espírito, da alegria de viver, imprescindíveis para termos uma vida plena e saudável em sua integralidade.


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