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sábado, 15 de abril de 2023

Constelação Familiar Sistêmica

Criada e desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger a partir dos anos 80, a constelação familiar trata-se de uma prática terapêutica/ método alternativo de resolução de conflitos (geracionais) relacionados à ancestralidade do paciente, que visa promover o autoconhecimento e facilitar a compreensão da dinâmica das relações familiares e/ou amorosas (ocorrência de bloqueios, traumas, dificuldades de relacionamento, situações mal resolvidas, etc.).

Conforme os estudos do mencionado filósofo, existem 03 (três) leis naturais (ou ordens superiores) que atuam nos relacionamentos humanos: hierarquia (estabelecida pela ordem de chegada na família), pertencimento (estabelecido pelo vínculo) e equilíbrio (estabelecido pelo dar e receber). Ao constelar e analisar a própria vida, a pessoa poderá tomar consciência sobre qual (quais) pilar(es) necessita(m) de ajustes para que o amor seja desbloqueado e volte a fluir livremente.

Embora seja considerada uma pseudociência - eis que inexistem, até o momento, comprovações científicas de sua eficácia -, a prática da constelação familiar tem sido oferecida no Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS), como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) - o que já foi tratado aqui no ::BLoG:: no artigo Práticas Integrativas e Complementares no SUS (clique no link para ler). 

Em que pese a constelação familiar não seja reconhecida e aprovada pelos Conselhos Federais de Medicina e de Psicologia, importa consignar que a prática terapêutica não tem como objetivo substituir a psicoterapia e os tratamentos médicos psiquiátricos realizados com profissionais devidamente habilitados para tanto. Isso porque a constelação não promove cura, apenas e tão somente auxilia na resolução de conflitos e desafios nas relações familiares e conjugais - através de uma expansão da consciência e abertura do coração para deixar fluir os sentimentos.

A prática alternativa também tem sido utilizada no Poder Judiciário, especialmente nas demandas que versam sobre Direito de Família e Sucessões, eis que trata de temas como luto/ morte, separação e divórcio, relação entre pais e filhos, os quais podem ser verificados nas situações de alienação parental, violência doméstica, exclusão ou abandono familiar, e outros. Uma vez que o processo judicial tradicional é marcado pela litigiosidade, a aplicação do Direito Sistêmico permite que as partes resolvam seus conflitos, pendências e mágoas de forma a ressignificar as questões, restaurar o diálogo e quiçá (re)construir um relacionamento amistoso e de paz.

Para quem tem interesse no tema e quer conhecer a sistemática da sessão, compreender melhor a dinâmica ou se aprofundar no tema constelação familiar sistêmica, indicamos a série Uma Nova Mulher , produzida na Turquia em 2022 e constante do catálogo da plataforma Netflix, cujo pano de fundo é o seguinte: três amigas partem em busca de uma nova conexão espiritual, mas terão que enfrentar traumas familiares do passado. (clique no link para acessar a página). 


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